Você sabia que, sob determinadas circunstâncias, adultos também podem fazer xixi na cama? Nas crianças e adolescentes, a perda involuntária de urina durante o sono é conhecida como enurese noturna. Nos adultos, assim como nos idosos, essa condição é chamada de incontinência urinária (IU).
Neste artigo, mostramos as principais razões ligadas ao problema. Veja, também, quando é preciso buscar ajuda médica especializada. Boa leitura!
O que é incontinência urinária noturna?
A incontinência urinária noturna (ou enurese noturna) é a perda de urina, sem que se perceba, durante o sono. Ela pode ser repentina e temporária ou se tornar crônica (duradoura).
O problema é mais comum entre as mulheres do que nos homens. E, apesar de ser prevalente na terceira idade, não deve ser encarada como algo normal do envelhecimento.
O que pode levar um adulto a fazer xixi na cama?
O ato de fazer xixi na cama pode ter diversas causas, as quais, muitas vezes, ocorrem de maneira associada. Nos adultos, as mais prováveis são:
- problemas na próstata, que estejam obstruindo o trato urinário;
- sequelas do parto natural, que levaram à fraqueza dos músculos pélvicos.
Outras possíveis razões são a bexiga hiperativa, que leva à necessidade súbita de urinar, e a presença de infecção do trato urinário. Além disso, o ronco excessivo e a apneia do sono também podem ter relação com o distúrbio.
Já em idosos, uma das razões mais frequente para o xixi na cama é a perda da força no esfíncter urinário (músculo que controla o fechamento da uretra). Além disso, a condição pode estar relacionada ao Alzheimer ou a outras doenças neurológicas.
Quando buscar ajuda médica especializada?
Fazer xixi na cama afeta a qualidade de vida e a autoestima de adultos, muitas vezes, levando-os ao isolamento. Além disso, o sintoma pode estar relacionado a doenças que, quanto antes forem diagnosticadas e tratadas, melhores os prognósticos. Portanto, caso o episódio não tenha sido isolado, deve-se buscar ajuda médica.
Geralmente, cabe ao urologista iniciar uma investigação aprofundada. Para isso, realiza-se uma anamnese com foco nos fatores de risco predisponentes e desencadeantes. Dessa maneira, o paciente será questionado sobre:
- o início do problema (por exemplo, se começou após iniciar o uso de algum medicamento diurético ou aumentar a ingestão de cafeína, ou álcool);
- a gravidade (frequência e estimativa da quantidade de urina perdida);
- o diagnóstico de comorbidades (principalmente, as conhecidas por provocar incontinência urinária);
- a realização de cirurgias pélvicas ou abdominais;
- os hábitos intestinais ao longo desse período; entre outros pontos.
Em seguida, o médico realiza os exames físicos. Esse consiste na palpação abdominal, para verificar se há distensão vesical e/ou presença de massas que estejam comprimindo a bexiga. Além disso, há os exames específicos para cada sexo.
Investigação da incontinência urinária nos homens
Nos homens, recomenda-se a realização do toque retal, para pesquisar o aumento da próstata ou um eventual cisto, ou mesmo um tumor. Essas ocorrências, por sua vez, podem levar à obstrução uretral, provocando o extravasamento de urina durante o sono. O toque retal é importante, ainda, para avaliar o tônus e o controle do esfincter, bem como o reflexo bulbocavernoso (imprescindível para a continência urinária adequada).
Investigação da incontinência urinária nas mulheres
Nas mulheres, realiza-se o exame ginecológico com o objetivo de localizar cistos. Procura-se, também, a presença de prolapso uterino (quando o útero sai da sua posição normal e “desce” pelo canal vaginal),de atrofia vaginal (a qual deixa a mucosa vaginal mais fina e seca, comum na menopausa),entre outras alterações.
Exames complementares
Por último, o especialista solicita os exames complementares. Esses podem ser laboratoriais, como os exames de urina e de sangue, e/ou de imagem, como a ultrassonografia das vias urinárias e dos rins.
Outros exames, mais específicos, também podem ser necessários. É o caso:
- do estudo urodinâmico;
- da cistoscopia, seguida de biópsia vesical;
- da urografia excretora.
Como é o tratamento para o problema?
Felizmente, o quadro de incontinência urinária noturna pode ser revertido. Para isso, é preciso fazer o tratamento das causas específicas, o que costuma incluir o uso de medicação.
Ao mesmo tempo, indica-se a adoção de medidas gerais, para amenizar a inconveniência. Essas consistem em:
- reduzir a ingestão de líquido à noite;
- evitar o consumo de cafeína e álcool;
- realizar fisioterapia para fortalecer os músculos do assoalho pélvico;
- fazer o treinamento da bexiga (técnica em que há uma programação fixa para urinar durante o dia);
- utilizar um despertador durante à noite, nos casos onde a quantidade de urina perdida seja muito grande.
Por fim, caso o xixi na cama tenha relação com outros sintomas, deve-se procurar um nefrologista. Alterações na aparência da urina, como a presença de sangue, espuma, mudança no odor, entre outras, são fortes indícios de problemas renais. Se estiver em Florianópolis, SC, conte com os especialistas da Clinirim para investigar e tratar o quadro quanto antes!
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