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O que uma pessoa com problemas renais pode comer?

Publicado em: 05/06/2022
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    Você desconfia que os seus rins não estão funcionando como deveriam? Ou acabou de receber o diagnóstico de algum problema de saúde que afeta o funcionamento desses órgãos e ainda não sabe quais cuidados precisa ter com a alimentação? Preparamos este texto para esclarecer as suas dúvidas.

    Continue a leitura e confira!

    Os rins e a alimentação

    Como nós já explicamos aqui no blog da Clinirim, os rins são os filtros do nosso corpo. Isso quer dizer que são os responsáveis por manter as quantidades adequadas de cada substância no nosso organismo.

    Os excessos de todas as substâncias são expelidas do nosso corpo pela transpiração, pela respiração e pela urina. A urina nada mais é que o resultado do trabalho dos nossos rins.  

    As substâncias que precisam ter suas quantidades controladas e eliminadas pelo organismo podem ser:

    • produzidas pelo próprio corpo;
    • ingeridas por meio de alimentos, bebidas, medicamentos, etc.;
    • absorvidas por contato;
    • inaladas ou
    • injetadas.

    Acontece que o uso exagerado de certas substâncias pode afetar direta ou indiretamente o funcionamento dos rins. Enquanto outras, se consumidas para além da conta por pessoas que já estão com os rins prejudicados, simplesmente não serão filtradas pelo nosso organismo.

    Pensando em você, que está realizando as primeiras pesquisas sobre a alimentação de pessoas com problemas renais, escolhemos falar sobre três substâncias muito comuns no nosso dia a dia: água, sal e açúcar.

    Pessoas com problemas renais podem consumir água à vontade?

    A quantidade de água recomendada depende do problema renal! 

    No caso de pessoas com cálculo renal ou doença renal crônica em tratamento conservador há necessidade de consumo adequado de água (cerca de 35 ml/kg de peso corporal).

    Já pessoas com doença renal crônica em hemodiálise precisam controlar o consumo não só de água, mas de líquidos em geral e alimentos como melancia, gelatina, sopas, etc. A recomendação de líquido para esses pacientes é: volume urinário de 24 horas + 500 ml, ou seja, se o volume de urina em 24h é 500 ml, a quantidade de líquido que poderá ser consumida é de 1000 ml ao dia.

    Por quê? A resposta é simples: Com a diminuição significativa na função de filtração renal, o excesso de líquido pode se acumular no organismo causando:

    • inchaços no rosto, pés e mãos;
    • aumento da pressão arterial;
    • desequilíbrio de eletrólitos corporais.

    Pessoas com problemas renais podem comer açúcar?

    Embora grandes quantidades de glicose no sangue possam ser perigosas para pessoas que já apresentam problemas renais, existe outro importante motivo para falarmos sobre o açúcar: o consumo exagerado também pode ser o causador do mau funcionamento dos rins.

    De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, qualquer pessoa com diabetes dos tipos I ou II pode acabar desenvolvendo uma doença renal. A entidade diz que cerca de 25% das pessoas com diabetes tipo I desenvolve insuficiência renal. E o percentual de diabéticos do tipo II que desenvolvem problemas nos rins varia de 5 a 10%.

    Com isso, podemos dizer que mesmo as pessoas com problemas renais, como também as pessoas que não têm problemas renais, devem ter muito cuidado com o consumo excessivo de açúcar e de alimentos que o contém como bolos, tortas, bolachas, sorvetes, etc.

    Pessoas com problemas renais podem comer sal?

    De maneira geral, o que dissemos sobre o açúcar também vale para o sal: todas as pessoas devem consumir sal de forma moderada. Afinal, o uso exagerado de sal na comida é uma das causas da hipertensão arterial. E a pressão alta, por sua vez, pode lesionar órgãos como o cérebro, o coração e os próprios rins.

    Na verdade, o problema não é o sal em si, mas o sódio. Esse mineral é muito importante para o equilibrar o volume e a pressão arterial. Porém, quando consumido em excesso, se torna um inimigo.

    Se você não lembra das aulas de química do ensino médio, o nome científico do sal de cozinha é cloreto de sódio (NaCl). Como explica a Sociedade Brasileira de Hipertensãoo cloreto de sódio é composto por 60% de cloreto e 40% de sódio. Por que isso importa?

    Pacientes com problemas renais devem tomar cuidado com o sódio “escondido” em substâncias bastante frequentes na cozinha ocidental, como:

    • bicarbonato de sódio (usado como fermento);
    • benzoato de sódio (usado como conservante em molhos);
    • citrato de sódio (usado para melhorar o gosto na gelatina sobremesas e bebidas);
    • nitrato de sódio (usado para preservar e colorir carne processada);
    • sacarina e ciclamato de sódio (usada como adoçante artificial);
    • sulfato de sódio (usado para evitar descoloração de frutas secas);
    • glutamato monossódico (realçador de sabor).

    O médico indiano Sanjay Pandya chama atenção para um fato importante: os alimentos onde encontramos essas substâncias com sódio não são necessariamente salgadas.

    Além disso, é importante ressaltar que pacientes com pressão alta e/ou com problemas renais devem evitar alguns alimentos que apresentam elevada quantidade de sódio e tem sido muito consumido nos dias atuais, como, por exemplo, embutidos (presunto salame, bacon, mortadela, linguiça, salsicha),conservas, enlatados e temperos industrializados.

    Mas afinal, o que uma pessoa com problemas renais pode comer com segurança?

    Como existem diferentes tipos de problemas renais e pessoas diagnosticadas com a mesma condição podem apresentar sintomas diferentes, a primeira coisa a fazer é procurar um médico especialista no cuidado dos rins (nefrologista).

    O nefrologista realizará os exames necessários, fará um estudo do histórico de cada paciente e poderá encaminhar a um nutricionista para orientar a dieta mais adequada para cada caso. Este profissional vai orientar não apenas o controle de sódio na alimentação, mas também vai avaliar e ajustar a necessidade de:

    • restringir ou aumentar o consumo de fontes de proteína;
    • restringir ou aumentar o consumo líquidos;
    • controlar consumo de alimentos fontes de potássio e fósforo;
    • controlar o consumo de açúcar e gorduras;
    • aumentar o aporte de alimentos fontes de vitaminas.

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