As doenças renais estão cada vez mais comuns. Estima-se que mais de 10% da população mundial apresente alguma disfunção do tipo e a tendência, para a próxima década, é aumentar ainda mais. Isso, por sua vez, é consequência direta do crescimento da quantidade de pessoas com hipertensão, diabetes e/ou obesidade.
Neste artigo, buscamos conscientizar as pessoas sobre o problema e, assim, ajudar a prevenir complicações. Continue a leitura e saiba mais a respeito!
Como funcionam os rins?
Para saber o que são doenças renais é preciso entender um pouco mais sobre o funcionamento dos rins. Esses órgãos têm papel vital, sendo responsáveis por quatro funções no organismo:
- filtrar o sangue e eliminar as toxinas;
- produzir hormônios que previnem a anemia e as doenças ósseas;
- regular a pressão arterial;
- controlar o balanço químico e de líquidos do corpo.
Para que isso ocorra, todo o sangue precisa passar pelos rins. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),esses órgãos recebem cerca de 1,2 litros de sangue por minuto.
Isso significa que os rins filtram todo o sangue do organismo cerca de 12 vezes por hora. No entanto, nem sempre a filtração e a regulação ocorrem como deveriam.
O que são doenças renais?
Doenças renais (ou nefropatias) são enfermidades que afetam esses órgãos e comprometem sua funcionalidade. Elas podem ocorrer de forma:
- aguda, quando o problema surge repentinamente e apresenta evolução rápida, mas tem duração curta.
- crônica, quando o problema surge gradualmente e dura, pelo menos, três meses — podendo continuar por toda a vida.
Independentemente do tipo, as doenças renais são cada vez mais comuns e prejudicam a qualidade de vida de seus portadores. Além disso, sem o devido cuidado, podem diminuir a longevidade.
Quais são seus principais sintomas?
As doenças renais demoram para provocar sintomas, o que faz com que uma pessoa possa perder até 90% da capacidade dos rins antes de notar algum problema. Assim, conforme avança, o organismo vai acumulando toxinas e o doente renal passa a apresentar uma série de sintomas. Os mais comuns são:
- inchaço nos tornozelos e pés;
- “bolsas” (edema) ao redor dos olhos;
- alterações nos hábitos urinários (aumento ou redução da frequência);
- presença de sangue visível (hematúria) e/ou espuma (proteinúria) na urina;
- sensação de fraqueza constante;
- náuseas e vômitos frequentes;
- dificuldade de concentração;
- dor lombar, que não piora ao se movimentar;
- pressão alta; entre outros.
Quais são as doenças renais mais comuns?
As doenças renais agudas mais comuns são:
- infecções urinárias, provocadas por bactérias e, muitas vezes, capazes de afetar não apenas a uretra e a bexiga, mas também os rins, sendo prevalentes em mulheres;
- obstrução renal, devido ao estreitamento do ureter (canal por onde a urina, repleta de toxinas, vai para a bexiga),geralmente, por conta de cálculos, coágulos, hiperplasia prostática benigna (HPB) ou tumores;
- glomerulonefrite aguda, devido à inflamação nos glomérulos, as estruturas do rim que fazem a filtragem do sangue;
- insuficiência renal aguda (IRA), mais frequente em pacientes internados e bastante debilitados.
Já as doenças renais crônicas mais frequentes são:
- cálculo renal, formação de pequenas pedras devido ao excesso de minerais no sangue;
- pielonefrite, infecção renal decorrente de infecções urinárias recorrentes e não tratadas adequadamente;
- câncer de rim, neoplasia maligna cujo avanço leva à destruição dos tecidos saudáveis, comprometendo a função renal.
Como prevenir sua ocorrência?
Para prevenir as doenças renais mais comuns, deve-se evitar (ou tratar) seus fatores de risco. É o caso da hipertensão arterial, do diabetes, da obesidade, do tabagismo, entre outros.
Para isso, é necessário cuidar da saúde globalmente, por meio da adoção de um estilo de vida saudável. Entre as medidas recomendadas, incluem-se:
- alimenta-se de forma balanceada;
- manter-se bem hidratado;
- evitar o excesso de sal, carnes vermelhas e gorduras;
- praticar exercícios físicos regularmente;
- manter um peso corporal adequado;
- controlar a pressão arterial e a glicemia;
- não fumar e evitar bebidas alcoólicas;
- evitar o uso de medicamentos anti-inflamatórios não hormonais;
- não tomar medicação sem prescrição médica.
Além disso, deve-se ir às consultas clínicas anuais e fazer os check-ups de rotina. A realização de dois exames simples (dosagem de creatinina no sangue e análise de urina) permite identificar alterações precocemente e, assim, intervir antes que se agravem.
Para se aprofundar no assunto, baixe, gratuitamente, nosso e-book: Guia completo para cuidar da saúde dos rins
Como tratar as doenças renais?
Os tratamentos das doenças renais podem ser conservadores ou dialíticos. Os primeiros visam preservar a função renal e, os segundos, substituí-la e aliviar eventuais sintomas. A indicação terapêutica é feita pelo nefrologista, com base nas condições clínicas individuais e no estágio da doença.
Vale lembrar que quando agudas, as nefropatias podem ser curadas, mas quando crônicas, pode-se apenas controlá-las. Felizmente, mesmo em casos de insuficiência renal, ainda assim é possível ter bem-estar e qualidade de vida.
Como mostrado, as doenças renais são diversas e estão cada vez mais comuns. Caso apresente o problema ou possua histórico familiar para o mesmo, procure um centro de referência em nefrologia e faça uma avaliação individualizada!
Esperamos que o artigo tenha sido esclarecedor. Mas, se ainda restarem dúvidas, sinta-se à vontade para entrar em contato e nos perguntar. A equipe da Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, em Florianópolis, SC, está à sua disposição!