Os pacientes renais não só podem, como devem adotar algumas medidas para melhorar sua saúde, bem-estar e qualidade de vida. A orientação serve tanto para os pacientes em tratamento conservador (acompanhamento com nefrologista e nutricionista),como para aqueles em tratamento dialítico (hemodiálise ou diálise peritoneal).
Neste artigo, mostramos em quais estratégias vale a pena apostar. Confira as dicas e coloque-as em prática o quanto antes!
Dicas para pacientes renais
Por mais difícil que seja aceitar as mudanças decorrentes da sua condição, é possível dar a volta por cima. Para tanto, há dois requisitos essenciais:
- contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar, especializada em cuidados renais;
- assumir a responsabilidade pelo o que pretende fazer da sua vida.
Não saber por onde começar? Descubra a seguir!
1. Faça um acompanhamento nutricional
As escolhas alimentares corretas ajudam a minimizar os sintomas da doença, retardar sua progressão e manter um estado nutricional adequado. Pacientes em tratamento conservador com taxa de filtração glomerular > 60 ml/minuto, geralmente, não precisam de dietas específicas. Nesses casos, basta optar por uma alimentação saudável e variada, rica em alimentos in natura e minimamente processados.
Já pacientes em tratamento conservador, mas com taxa de filtração glomerular < 60 ml/minuto, precisam seguir uma dieta personalizada, elaborada por um nutricionista. Isso porque, é necessário se atentar, principalmente, à qualidade da ingestão proteica e à restrição parcial de fósforo, potássio, entre outros nutrientes.
Pacientes em programa dialítico, por sua vez, precisam de um maior consumo de proteínas, pois a perda no tratamento pode ser significativa. Ao mesmo tempo, o controle dos níveis de fósforo e potássio deve ser ainda mais rigoroso, pois podem ficar bem elevados. Nesses casos, novamente, a orientação e o acompanhamento de um nutricionista são indispensáveis.
2. Tome os suplementos indicados
A vitamina D é essencial para o bom funcionamento do organismo. Mas, é preciso lembrar que os rins são os responsáveis por transformá-la em sua forma ativa, fabricando calcitrol. Acontece que, em pacientes renais, sua produção não é suficiente, sendo necessário tomar um suplemento de calcitrol.
Além disso, os níveis de ferro também acabam ficando prejudicados, pois os rins não fabricam a eritropoietina, uma substância que estimula a produção de sangue. Para prevenir a anemia, muitas vezes, é preciso tomar um suplemento de ferro (sulfato ferroso).
3. Minimize o sódio
Além do sal de cozinha, o sódio está presente em diversos alimentos (salgados ou não). No caso dos industrializados, é preciso prestar atenção às informações nos rótulos, escolhendo as opções com menores níveis de sódio. Já os alimentos naturais (como carnes e vegetais) acrescidos de sal devem ser consumidos com moderação ou evitados, conforme a orientação do médico responsável.
Para não prejudicar o sabor, aposte em outros temperos. Você pode substituir o sal por alho, cebola, pimenta, salsa, cominho, manjericão, cebolinha, açafrão, noz moscada, tomilho, gergelim, suco de limão, entre outras possibilidades.
4. Beba a quantidade certa de água
A água é indispensável para os pacientes renais, mas é preciso respeitar a restrição de líquidos. Portanto, limite a ingestão diária ao equivalente a 500 ml mais o volume equivalente à sua produção de urina em 24 horas.
Dessa maneira, quem urina pouco deve ingerir pouco mais de meio litro de líquidos por dia. Na hora de calcular, lembre-se de contabilizar não apenas as bebidas (águas, sucos, entre outras),mas também frutas, verduras e legumes mais aguados.
Ao mesmo tempo, alguns “truques” ajudam a controlar a sede. São eles:
- evitar alimentos muito doces ou salgados;
- comer frutas e tomar líquidos gelados, por proporcionarem uma maior sensação de saciedade;
- evitar sopas e caldos, por conta da grande quantidade de água;
- conhecer a sua quantidade máxima de água para consumo diário e colocar o equivalente em uma garrafinha, controlando a ingestão ao longo do dia;
- se sentir muita sede, molhar os lábios ou fazer bochechos com água, assim como chupar gelo ou mastigar folhas de hortelã.
5. Pratique atividades físicas regularmente
Os exercícios não apenas ajudam a fortalecer o sistema imunológico e minimizar o risco de complicações decorrentes da doença e seus tratamentos, como promovem o bem-estar físico e mental. Mas, antes de começar, pacientes renais devem consultar seus médicos sobre as atividades físicas mais adequadas, bem como indicações de duração e intensidade.
6. Procure ajuda psicoterapêutica
O acompanhamento psicológico é essencial para os pacientes renais. Afinal, a orientação profissional ajuda a encarar a doença, o tratamento e as limitações com mais consciência, bem como mostra sua responsabilidade na recuperação.
Assim, o psicólogo não minimiza as dificuldades, mas os faz perceber que, com empenho e força de vontade, é possível ter uma boa qualidade de vida. Na prática, ele ajuda a pensar positivo, apesar da doença.
Impacto dessas medidas na qualidade de vida
A qualidade de vida envolve o bem-estar físico, mental, espiritual, psicológico e emocional. Ao adotar as medidas indicadas, pode-se notar uma melhoria notável na forma de enfrentar a doença renal, o que reflete diretamente nesses aspectos.
Por isso, por mais complicada que seja a situação, os pacientes renais não devem jamais “desistir” de si mesmos. Devem, sim, buscar ajuda capacitada e todo o suporte necessário para seguir em frente da melhor forma possível!
Esperamos que o conteúdo seja útil! Caso deseje conferir mais dicas, bem como orientações sobre cuidados renais, siga a Clinirim no Facebook e Instagram! Se precisar, conte sempre conosco para cuidar da sua saúde renal. Estamos à disposição!