Conteúdos

Os principais cuidados com o paciente transplantado renal

Atualizado em: 18/01/2023 | Publicado em: 10/01/2023
Os principais cuidados com o paciente transplantado renal

    Assine a nossa newsletter

    e tenha acesso aos nossos materiais educativos diretamente na sua caixa de e-mail. Basta preencher os campos abaixo:

    Fato: o paciente transplantado renal tem uma qualidade de vida melhor do que o paciente em diálise. Isso porque, entre outras mudanças, sua rotina é mais livre, assim como os cuidados em relação à alimentação são mais simples do que no tratamento dialítico.

    Neste artigo, reunimos uma visão geral de como é o preparo para a cirurgia, o pós-operatório imediato e a vida pós-transplante. Continue a leitura e saiba mais!

    Como é o pré-operatório do transplante renal?

    No pré-operatório do transplante renal, o paciente é preparado, da melhor forma possível, para a cirurgia. Confira os principais pontos a seguir.

    Exames

    Nessa fase, realiza-se uma série de exames. Os mais frequentes são:

    • tipagem sanguínea;
    • tipagem (análise do HLA);
    • prova cruzada de linfócitos (cross-match);
    • uretrocistografia miccional e retrógrada;
    • raio-X de tórax;
    • eletrocardiograma (ECC);
    • avaliação dentária;
    • exames ginecológicos ou de próstata.

    A partir dos resultados, pode-se tomar as medidas necessárias para deixar o estado metabólico mais próximo do normal. Distúrbios eventualmente detectados também devem ser tratados e controlados, para evitar complicações após o transplante.

    Diálise

    As sessões de diálise, quando necessárias, podem ser realizadas até a véspera do transplante renal, para melhorar o estado físico do receptor. Graças à terapêutica, o portador de insuficiência renal crônica consegue ter uma longa sobrevida, enquanto aguarda o rim.

    Terapia

    acompanhamento psicológico ajuda a lidar com as mudanças na rotina, bem como com a expectativa de realizar o transplante. Além disso, as alterações na imagem (inchaço e palidez),a dificuldade para trabalhar, entre outros fatores, podem desencadear um quadro de estresse, ansiedade ou depressão. A terapia contribui para que o paciente consiga entender esse momento e o encare positivamente, prevenindo esses distúrbios.

    Rede de apoio

    Estudos mostram que, do diagnóstico da doença, passando pelo tratamento dialítico e a espera pelo rim, o paciente renal enfrenta diversas dificuldades. Algumas delas, como eventuais efeitos colaterais das medicações, continuam após a cirurgia.

    É aí que entra a rede de apoio. Tratam-se de pessoas (como familiares e amigos) que ajudam no enfrentamento, melhorando, inclusive, a adesão no tratamento. Vale a pena contar com esse suporte.

    Como é o pós-operatório do transplante renal?

    O pós-operatório imediato dura de cinco a sete dias. Nessa fase, o paciente transplantando permanece internado e recebe medicações para controle da dor. Além disso, é preciso:

    • seguir as restrições hídricas e dietéticas;
    • ficar com a sonda vesical, para facilitar a eliminação de urina;
    • eventualmente, usar um dreno, para eliminar sangue e líquidos acumulados;
    • realizar novos exames, de acordo com o protocolo individual.

    A retirada dos pontos ocorre entre sete e dez dias. Em seguida, o paciente transplantado recebe alta e pode ir para casa, usando máscara de proteção.

    Em casa, deverá acompanhar alguns sinais clínicos (pressão arterial, pulso e temperatura, bem como o peso corporal). Também será preciso fazer um diário do volume de líquidos ingeridos e de urina eliminada. Caso note alterações ou surjam sintomas imprevistos (vômitos, dor de cabeça e/ou de estômago, urticária, entre outros),deve-se informar o médico imediatamente.

    Nas primeiras semanas, é importante restringir as visitas e se manter afastado de pessoas com doenças infectocontagiosas. O ambiente deve ficar limpo e arejado, assim como uma boa higiene pessoal (principalmente, lavar as mãos após ir ao banheiro, ao chegar em casa e antes de comer) também é imprescindível.

    Além disso, deve-se evitar esforços abdominais. Para se levantar, vire-se sobre o lado contrário ao operado, flexione os joelhos e incline o corpo devagar. Sempre que preciso, peça ajuda.

    Vale lembrar que a cicatrização cirúrgica leva de seis a oito semanas. Até lá, evite pegar peso e fazer esforços que causem dor no local operado.

    Quais são as mudanças na rotina do paciente transplantado?

    O rim transplantado funciona como um rim normal. Com isso, o paciente pode adotar uma dieta menos rigorosa do que a indicada na diálise. Basta que seja saudável e nutricionalmente equilibrada, de acordo com as orientações do nutricionista. Em geral, a ingestão de líquidos passa ser à vontade.

    A diálise, por sua vez, não é mais necessária. No mais, o paciente consegue retomar sua rotina, inclusive, em relação a exercícios físicos (sem esportes traumáticos) e atividade sexual. Dessa forma, ocorre uma melhora considerável na qualidade de vida, permitindo um convívio social pleno.

    Ainda assim, é preciso fazer o acompanhamento periódico com o nefrologista. Além disso, o uso de medicamentos imunossupressores é indispensável para que o organismo “aceite” o novo rim, devendo ser mantidos pelo resto da vida.

    Falando nisso, é importante ressaltar que, independentemente do tempo transcorrido, nenhuma medicação deve ser introduzida ou retirada sem a autorização médica. O mesmo vale para as vacinas e os tratamentos dentários. No mais, hábitos como fumar, ingerir bebidas alcoólicas e usar drogas são intensamente desaconselhados.

    Enfim, essas são apenas as orientações gerais para o paciente transplantado. Outras recomendações podem ser passadas individualmente, pela equipe multidisciplinar (nefrologista, psicólogo e nutricionista) responsável pelos cuidados de cada um.

    Caso tenha restado alguma dúvida, sinta-se à vontade para entrar em contato e nos perguntar ou agendar uma avaliação individual. Estamos à disposição!

    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.