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10 coisas que você precisa saber sobre hemodiálise

Atualizado em: 10/11/2021 | Publicado em: 10/11/2021
10 coisas que você precisa saber sobre hemodiálise

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    A hemodiálise é indicada pelo médico como uma das alternativas de tratamento para pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica grave. Ela serve para ajudar na filtragem do sangue, função que é normalmente desempenhada pelos rins, que quando comprometidos não conseguem realizá-la.

    Segundo a SBN Informa, de número 121, a revista oficial da Sociedade Brasileira de Nefrologia, anualmente mais de 20 mil brasileiros começam o procedimento e atualmente já são 133 mil pacientes que dependem da hemodiálise no nosso país.

    Apesar de o nome ser bem conhecido entre os pacientes renais, é comum surgirem muitas dúvidas quando esse tratamento é indicado. Por isso, hoje apresentaremos para você 10 questões essenciais que todo doente renal deve saber sobre a hemodiálise. Confira quais são.

    O que é hemodiálise?

    Como já falamos, a hemodiálise é um tratamento indicado pelo nefrologista, médico especialista em rins, para pacientes que desenvolvem insuficiência renal aguda ou crônica em fase grave e que a medicação não está sendo suficiente.

    No entanto, ela não trata a doença renal que provocou a insuficiência do órgão, mas vai realizar a função que os rins deveriam fazer no organismo, que é a filtragem do sangue. Basicamente o procedimento utiliza uma máquina que fará a função dos rins.

    Você precisa saber algumas questões sobre a hemodiálise

    Agora que você compreendeu o que é e como é feita a hemodiálise, vamos esclarecer as principais dúvidas dos pacientes. São elas:

    1 – Como funciona a hemodiálise?

    O processo é simples, o paciente é ligado ao equipamento por meio de um acesso vascular temporário ou definitivo. O sangue é retirado gradualmente e enviado ao filtro da máquina, chamado dialisador, sendo em seguida devolvido para o organismo. Todas as sessões devem ser realizadas somente em hospitais ou clínicas especializadas.

    2 – A hemodiálise provoca desconfortos, efeitos colaterais ou riscos ao paciente?

    O procedimento só pode ser realizado em clínicas e hospitais habilitados para tal e que atendam todas as exigências previstas na legislação brasileira, principalmente a RDC 11 de março de 2014. Desta forma, minimizam-se os riscos e eventuais desconfortos ao paciente durante a hemodiálise. O que pode acontecer é algumas pessoas apresentarem efeitos colaterais facilmente contornáveis. Os mais comuns são:

    • cãibras;

    • dor de cabeça e

    • queda na pressão arterial.

    3 – Quanto tempo dura uma sessão?

    O tempo de cada sessão, e o intervalo entre uma e outra, varia conforme a necessidade e o quadro específico de cada paciente.

    Na maioria das vezes, o procedimento é realizado três vezes por semana, durando em média 4 horas por sessão.

    4 – Qual a quantidade de sangue filtrada em uma sessão?

    A máquina filtra em média 300 ml de sangue por minuto. Como dissemos, uma sessão gira em torno de 4 horas, assim em cada sessão é realizada a filtragem de 72 litros do líquido.

    5 – Quem faz hemodiálise precisa realizá-la para sempre ou o rim volta a funcionar?

    De modo geral, pacientes que sofrem de insuficiência renal crônica grave precisam realizar o procedimento de forma contínua. No entanto, dependendo do caso, o doente e o nefrologista, em conjunto, podem decidir pela troca do tratamento, optando pela diálise peritoneal ou até mesmo o transplante de rim.

    Por outro lado, é importante dizer que principalmente as pessoas que sofrem de doenças renais agudas podem ter o desempenho dos rins aumentado com as terapias aplicadas, podendo voltar a desenvolver suas funções. Nesse caso, há a suspensão da hemodiálise.

    6 – Só faz hemodiálise quem precisa realizar um transplante renal?

    A verdade é que nem todo paciente que faz esse tratamento precisa ou realizará um transplante de rim.

    Muitas vezes, esse procedimento é realizado exatamente em doentes, que pelas suas condições de saúde são contraindicados para realizar o transplante.

    Por exemplo, portadores de doenças hepáticas, cardiovasculares ou infecciosas não são indicados para receber um rim. Nesses casos, a hemodiálise assegurará a filtragem do sangue e garantirá mais saúde ao portador da deficiência renal até ele tratar e resolver todos os outros problemas de saúde, para quem sabe esperar um doador.

    É importante frisar também que dependendo da forma de tratamento administrado, um paciente pode realizar o transplante sem necessariamente realizar sessões de hemodiálise.

    7 – A hemodiálise faz o rim voltar a funcionar?

    Como já falamos, a hemodiálise não trata o rim e sim desempenha a função que ele deixou de fazer.

    Ou seja, o equipamento que realiza o procedimento é como se fosse o próprio órgão filtrando o sangue do paciente, por isso ele não faz o rim voltar a funcionar. Se isso acontecer, foi em virtude das terapias e medicamentos usados em todo o tratamento da doença.

    8 – Como deve ser a alimentação do paciente que faz hemodiálise?

    Pacientes renais crônicos devem ser acompanhados por nutricionistas, que orientarão a quantidade de líquidos e alimentos que cada um pode ingerir. Para isso, é avaliada uma série de fatores que envolve desde a quantidade de urina produzida até presença de outras doenças associadas, como o diabetes e a pressão alta.

    É indicado manter o peso ideal para ajudar no tratamento, uma vez que a obesidade pode contribuir para diabetes, hipertensão e outras doenças que prejudicam os rins. Outro ponto importante é que o órgão não consegue remover o excesso de fluidos corporais, que se instalam no interior do organismo.

    Bebidas alcoólicas também devem ser evitadas, bem como é preciso cuidar com o consumo de sal e de potássio.

    9 – O que acontece se o paciente deseja ou precisa viajar?

    Pessoas que realizam o procedimento podem viajar para qualquer lugar do país e terão o direito de realizar as sessões onde estiverem. Para isso, elas precisam apenas apresentar a carteira nacional de portador de doença crônica renal. Esse benefício é garantido por meio do Projeto de Lei 4581/20.

    Outro fator importante é que as clínicas brasileiras e de vários países ao redor do mundo, que realizam esse procedimento, participam de um sistema chamado hemodiálise em trânsito.

    Dessa forma, quando o paciente deseja viajar, a entidade onde ele realiza o tratamento entra em contato com clínicas situadas no lugar visitado e passa todas as informações para que o paciente seja atendido enquanto estiver viajando, o que possibilita a continuidade dos procedimentos.

    10 – Quem faz hemodiálise tem direito a algum benefício?

    A legislação brasileira prevê alguns direitos ao paciente de doenças renais crônicas, entre eles estão:

    • direito ao auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez, em casos de incapacidades provocadas pela doença, para os segurados do INSS;

    • acesso gratuito aos medicamentos básicos e tratamento;

    • isenção do imposto de renda e

    • passe livre no transporte interestadual.

    Como você pode observar, o processo não é um procedimento desconfortável e nem coloca em risco a vida do paciente, pelo contrário, assegura a sua saúde e garante mais qualidade de vida.

    Se você precisar fazer hemodiálise, ou outros procedimentos para tratar e cuidar dos seus rins, entre em contato com a Clinirim, em Florianópolis. Somos uma clínica especializada em terapia renal substitutiva.

    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.