Existem diferentes estágios da doença renal crônica e conhecê-los é indispensável para você entender mais sobre essa doença, seus sintomas e possa buscar o tratamento ideal conforme o seu diagnóstico.
Essa classificação é utilizada para auxiliar os médicos a analisarem o caso e seus possíveis desfechos, como doenças cardiovasculares, ou em casos mais sérios o óbito do paciente. Também é importante para avaliar a progressão da doença ao longo de um período, o que facilita a tomada de decisão relacionada a terapia renal substitutiva.
Continue lendo para ver quais são os seis estágios da doença renal crônica e as principais características de cada um deles.
Quais são os estágios da doença renal crônica?
Os estágios da doença renal crônica são definidos conforme a taxa de filtração glomerular (TFG),que mostra como os rins estão funcionando por meio da análise da filtragem da creatinina sérica, substância que fica no sangue. Para resultados mais precisos, também considera-se a idade, o gênero e a etnia do paciente.
Em uma pessoa que tem os rins funcionando normalmente, o valor dessa taxa deve ser superior a 90 mL/min/1,73 m². Abaixo disso, o paciente é diagnosticado entre um dos estágios. Vale ressaltar que a definição também depende de exames de imagem e de urina.
Estágio 1
O estágio 1 é caracterizado pelo TFG acima ou igual a 90 mL/min/1,73 m², acompanhado de alterações no exame de imagem ou na presença excessiva de proteínas. Nessa fase, os rins ainda estão filtrando como deveriam, mas já apresentam anormalidades.
Esses são os casos mais simples, mas mesmo assim exigem atenção para evitar os fatores de risco comuns com a evolução da doença renal crônica, como a doença cardiovascular.
Sendo assim, recomenda-se a mudança dos hábitos, como:
controle da glicemia e da pressão arterial;
perda do sobrepeso;
cessação do tabagismo;
diminuição do sódio e
realização de atividades físicas.
Estágio 2
O segundo estágio da doença renal crônica é definido pela diminuição da TFG, que estará entre 60 a 89 mL/min/1,73 m², ou seja, os rins já não conseguem fazer a filtragem do jeito que deveriam e deixam impurezas no sangue, mas ainda não está em um nível preocupante.
Ele é mais comum em pacientes idosos, visto que com o envelhecimento é normal haver mudanças na filtragem do sangue. Nesses casos, não é necessário iniciar nenhuma terapia renal substitutiva, apenas modificar os hábitos para evitar a progressão da doença e fazer acompanhamento médico constante.
Estágio 3A e 3B
O estágio 3 se divide em dois subtipos, o A e o B. O primeiro é caracterizado pela TFG entre 45 a 59 mL/min/1,73 m² e há o início dos sintomas da insuficiência renal, como:
cansaço;
alterações nos hábitos urinários;
anemia e
perda óssea.
O segundo é ainda mais sério, com a taxa de filtração glomerular entre 30 a 44 mL/min/1,73 m². É habitual haver os mesmo sintomas da 3A, mas de forma mais severa. Em ambos os casos, é preciso adequar a dieta para reduzir o sódio e as proteínas ingeridas. Também pode haver a ingestão de medicamentos que auxiliam o rim a funcionar ou retiram o excesso de impurezas do sangue.
Estágio 4
Esse é um dos estágios da doença renal crônica que já é considerado crítico. Ele é caracterizado pela TGF entre 15 a 29 mL/min/1,73 m² e também pelos sintomas mais intensos dessa doença, consequência do acúmulo de impurezas no sangue. Além dos já citados anteriormente, pode ocorrer desnutrição, acúmulo de água no organismo e hipertensão.
Nesses casos, ainda se utiliza o tratamento conservador, com o uso de medicamentos e mudança de hábitos. Caso a taxa de filtragem esteja inferior a 20 mL/min/1,73 m², o paciente pode optar por iniciar a terapia renal substitutiva, por meio da filtração artificial do seu sangue, para isso é preciso fazer a definição da forma de acesso vascular. Na hemodiálise, por exemplo, é necessário realizar a confecção da fístula arteriovenosa, uma pequena cirurgia que une dois vasos sanguíneos para facilitar a punção durante o tratamento.
Estágio 5
Esse é o último estágio da doença renal crônica, por isso é chamado terminal. Apesar do nome que nos remete ao óbito, é possível ter uma vida normal com cuidados, tratamento e acompanhamento médico.
Nesses casos, a taxa de filtração glomerular está abaixo de 15 mL/min/1,73 m², o que faz com o paciente tenha:
perda de apetite;
coceira;
inchaço;
pressão alta e
baixa ou nenhuma micção.
Esse estágio exige a terapia renal substitutiva, o que pode ocorrer por meio da hemodiálise ou da diálise peritoneal, o que permite que o paciente tenha menos sintomas e possa ter uma vida normal.
Se você deseja saber mais sobre os estágios da doença renal crônica ou tem dúvidas sobre o tratamento ideal para você, entre em contato conosco. Somos uma clínica em Florianópolis especializada na saúde dos rins.