Quando se fala em tratamento de doenças renais, há diversas possibilidades. Para pacientes em quadros iniciais, as estratégias conservadoras bastam. Já para aqueles em estágios avançados, é preciso recorrer às terapias de substituição renal (hemodiálise, diálise peritoneal ou diálise peritoneal automática) ou ao transplante renal.
Neste artigo, reunimos as principais opções de cuidados para doentes renais, mostrando quando cada abordagem é indicada. Veja, também, o que é preciso levar em consideração para escolher o local onde realizá-los. Boa leitura!
Como é o tratamento de doenças renais?
Existem cinco formas de realizar o tratamento de doenças renais. Conheça-as a seguir!
1. Tratamento conservador
O tratamento conservador consiste na realização de medidas clínicas, relacionadas a mudanças na alimentação, ao uso de medicação e/ou a correções nos hábitos de vida. O objetivo é controlar o avanço da doença, bem como aliviar os sintomas, quando presentes. Para isso, indica-se:
- manter uma dieta saudável e equilibrada, para pacientes com taxa de filtração glomerular (TFG) > 60 ml/min ou seguir a uma orientação nutricional específica e individualizada (para pacientes com TFG < 60 ml/min);
- praticar atividades físicas regularmente;
- controlar a pressão arterial, a glicemia e o colesterol;
- parar de fumar;
- tomar os remédios prescritos, como os que diminuem a proteinúria (perda de proteínas pela urina);
- tratar as comorbidades, como hipertensão, diabetes, obesidade e anemia;
- tratar os distúrbios ósseos, a hipercalemia (aumento de potássio no sangue),a acidose (excesso de acidez no sangue),entre outros.
2. Hemodiálise
A hemodiálise é um tratamento de doenças renais bastante conhecido. Ela consiste na retirada de líquidos, sais minerais e substâncias tóxicas do organismo, por meio da filtragem do sangue em uma máquina (dialisador).
Em geral, devem ser feitas de três sessões por semana, cada uma com duração de até quatro horas. Em certos quadros, no entanto, é preciso fazer hemodiálise mais vezes, conforme a prescrição do médico nefrologista. A terapêutica pode ser realizada em hospitais, clínicas especializadas ou na casa do paciente (hemodiálise domiciliar).
3. Diálise peritoneal
A diálise peritoneal, também chamada de diálise ambulatorial contínua, consiste na infusão de um líquido (dialisato) através de um cateter no abdômen. Assim, a filtragem do sangue ocorre no próprio peritônio (membrana que reveste os órgãos internos),que atua como um filtro natural. Após, aproximadamente 30, minutos, o chamado “banho de diálise” é drenado do organismo, levando consigo as substâncias acumuladas (como ureia, potássio e creatinina).
A colocação e remoção do dialisato é feita manualmente pelo paciente, por um cuidador ou por um profissional de saúde. A terapêutica precisa ser feita até quatro vezes por dia.
4. Diálise peritoneal automática
A diálise peritoneal automática também se baseia na infusão e drenagem do “banho de diálise”. A diferença é que a terapêutica pode ser realizada durante o sono, em uma pequena máquina cicladora automatizada, na casa do paciente.
Assim, basta conectar o cateter antes de dormir e desconectá-lo ao acordar. Em alguns casos, porém, pode ser preciso realizar uma sessão complementar durante o dia. Vale destacar que se trata de um método mais suave, que ajuda a preservar ao máximo a função renal residual.
5. Transplante renal
O transplante renal consiste na cirurgia para colocação de um novo rim, doado de uma pessoa viva ou falecida. Os rins do paciente, por sua vez, podem permanecer no organismo ou serem removidos, caso estejam provocando infecção ou hipertensão. Após o procedimento, é preciso tomar medicamentos imunossupressores.
Quando cada terapêutica é indicada?
A indicação terapêutica é definida pelo nefrologista e varia de paciente para paciente, conforme as condições clínicas e preferências individuais. De maneira geral:
- o tratamento conservador é indicado para pacientes com DRC em todos os estágios, iniciando-se no momento do diagnóstico e sendo adaptado a cada fase;
- a hemodiálise e a diálise peritoneal são indicadas para casos de insuficiência renal aguda, sendo realizadas por um curto período, ou de insuficiência renal crônica grave, sendo permanente;
- o transplante renal, por sua vez, também é indicado para pacientes com insuficiência renal crônica avançada — mas, deve-se levar em conta a idade, o estado de saúde geral do paciente e a estrutura de apoio familiar.
Como escolher onde realizar meu tratamento?
Escolher onde realizar seu tratamento renal é uma decisão extremamente importante. Para acertar, considere o tempo de atuação, a presença de um corpo clínico especializado e multidisciplinar, a estrutura física e a qualidade dos equipamentos.
Se estiver na região de Florianópolis (SC),conte com a Clinirim. Somos um centro de referência em cuidados renais, com mais de 30 anos de atuação. Aqui, acreditamos que o tratamento de doenças renais deve ser individualizado, humanizado e integral. Dessa forma, buscamos oferecer a melhor solução para cada paciente, promovendo sua saúde, bem-estar e qualidade de vida!
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