Os tratamentos para doença renal crônica (DRC) podem ser conservadores ou de substitutivos, sendo que a indicação é feita pelo nefrologista, de maneira individualizada. Independentemente do estágio, após iniciá-lo, nota-se uma considerável melhora na saúde, bem-estar e qualidade de vida!
Neste artigo, explicamos quais são as principais opções terapêuticas para os pacientes renais. Veja, também, onde realizá-las em Florianópolis, SC.
Como é a incidência da doença renal crônica?
Considera-se como doença renal crônica a lesão irreversível nos rins, mantida por três meses ou mais. De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),ela afeta uma em cada dez pessoas no mundo e suas taxas de acometimento são crescentes.
Quando diagnosticada precocemente, seu avanço pode ser controlado ou até retardado. Porém, em estágios avançados, necessita-se fazer a terapia renal substitutiva (diálises) ou transplante.
Quais são os tratamentos para doença renal crônica?
Os tratamentos para doença renal crônica visam preservar ou substituir a função renal e aliviar os sintomas. Conheça-os a seguir.
Tratamento conservador
O tratamento conservador engloba uma série de medidas clínicas, ligadas à alimentação, medicação e hábitos de vida. Ele começa no momento do diagnóstico e deve ser mantido ao longo do tempo, adaptando-se conforme a doença progride.
De maneira geral, a abordagem consiste em:
- controlar a pressão arterial e a glicemia;
- tratar a dislipidemia, reduzindo os níveis de colesterol no sangue;
- cessar o tabagismo, o que também protege o sistema cardiovascular;
- usar os remédios que reduzem a proteinúria (perda de proteínas na urina);
- tomar as medicações que aliviam os sintomas, como o inchaço, por exemplo;
- tratar as comorbidades, como a anemia e a perda óssea;
- tratar os distúrbios, como a acidose (excesso de acidez) e/ou a hipercalemia (excesso de potássio) no sangue;
- manter uma dieta adequada, a qual deve ser prescrita pelo nutricionista especializado na área — lembrando que pacientes com taxa de filtração glomerular (TFG) > 60 ml/min/1,73 m² não necessitam de orientações nutricionais específicas, basta se alimentarem de forma saudável e equilibrada.
Diálise peritoneal
A diálise peritoneal (DP) é um dos possíveis tratamentos para a doença renal crônica avançada. O chamado “banho de diálise” é feito por meio de um cateter flexível, implantado permanentemente no abdômen do paciente.
Através dele, insere-se, manualmente, um líquido (dialisato) que entra em contato com a cavidade peritoneal (uma espécie de filtro natural) e retira as impurezas do sangue. Em seguida, esse líquido é drenado.
O método precisa ser realizado algumas vezes por dia. Por isso, sempre que possível, é feito na casa do próprio paciente.
Diálise peritoneal automática
A diálise peritoneal automática (DPA) ocorre de forma semelhante à DP, ou seja, por meio da infusão e drenagem do “banho de diálise” na cavidade abdominal. A diferença é que, em vez de realizá-lo diversas vezes ao dia, o processo é feito de forma automática, durante a noite.
Para isso, utiliza-se uma máquina cicladora, a qual infunde e drena os líquidos. Basta o paciente se conectar ao se deitar.
O mais bacana é que essa tecnologia permite que os especialistas acompanhem, remotamente, a evolução da terapia domiciliar. Dessa maneira, a frequência de visitas à clínica diminui e a rotina se torna mais normal.
Hemodiálise
A hemodiálise promove a filtragem do sangue fora do corpo do paciente. Isso é feito em uma máquina (dialisador) que elimina o excesso de toxinas e líquidos e o devolve sem impurezas.
Para tanto, é necessária a confecção de uma fístula arteriovenosa (pequena cirurgia que une dois vasos sanguíneos no braço ou na perna),para facilitar a punção. O tratamento pode ser feito na clínica ou na modalidade home care (hemodiálise domiciliar),diariamente ou de duas a quatro vezes por semana e cada sessão dura de três a cinco horas.
Transplante renal
O transplante renal consiste na cirurgia de substituição do rim doente por um rim saudável, proveniente de um doador vivo ou falecido compatível. As principais contraindicações são impostas pelas condições clínicas individuais, como comorbidades. Após a operação, é preciso tomar medicamentos imunossupressores e continuar o acompanhamento com o nefrologista.
Qual é o melhor método de tratamento para a doença renal crônica?
O método conservador é indicado para pacientes com TFG > 20 mL/min/1,73 m². Já as terapêuticas de filtragem do sangue são recomendadas para aqueles com TFG < 20 mL/min/1,73 m².
Assim, a escolha entre os tratamentos para doença renal crônica deve ser sempre individualizada. O importante é contar com um centro de referência na área, que ofereça possibilidades adequadas para cada estágio, minimizando os sintomas e proporcionando mais qualidade e tempo de vida ao paciente.
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Ainda tem dúvidas sobre o tratamento para doença renal crônica? Entre em contato para que possamos ajudar!