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Tudo sobre a doença renal crônica

Atualizado em: 23/03/2023 | Publicado em: 10/03/2023
Tudo sobre a doença renal crônica

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    doença renal crônica (DRC) consiste na lesão irreversível dos rins. Sua ocorrência está ligada, entre outros fatores, a duas doenças de alta incidência: hipertensão e diabetes. Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN),atualmente, a condição afeta 10% da população mundial e apresenta taxas crescentes de acometimento e mortalidade.

    Neste artigo, explicamos os principais aspectos sobre a DRC, bem como é realizado seu diagnóstico e tratamento. Confira!

    O que é a doença renal crônica?

    A doença renal crônica é uma alteração que compromete tanto a estrutura quanto a função renal. Trata-se de uma condição com curso prolongado, com múltiplas causas.

    Na maioria das vezes, ela passa bastante tempo assintomática, o que costuma atrasar o diagnóstico. Com isso, torna-se grave e, por vezes, exige a realização de terapia renal substitutiva.

    Os principais tipos de DCR são os cálculos (conhecidos como pedras nos rins),a pielonefrite (infecção nos rins) e o câncer de rim. Vale destacar que, se não forem tratados adequadamente, todos podem levar à insuficiência renal crônica.

    Quais são os estágios da DRC?

    A DRC é classificada em cinco estágios, definidos conforme a redução da capacidade renal ao longo de um período. São eles:

    • estágio 1, no qual os rins funcionam adequadamente, mas começam a apresentar anormalidades;
    • estágio 2, no qual os órgãos já não conseguem fazer a filtragem como deveriam;
    • estágio 3A, no qual surgem os primeiros sintomas de insuficiência renal, e estágio 3B, no qual esses se agravam;
    • estágio 4, no qual há sintomas intensos, sendo considerado uma fase crítica;
    • estágio 5, no qual o paciente precisar fazer terapia renal substitutiva.

    Quais são as suas causas?

    Os fatores de risco para a doença renal crônica, tanto associados à etiologia como à progressão, são diversos. Entre eles, destacam-se:

    • diabetes (tipo 1 ou tipo 2);
    • pressão alta;
    • obesidade;
    • doença coronariana;
    • acidente vascular cerebral (AVC);
    • insuficiência cardíaca;
    • doença vascular periférica;
    • histórico familiar de DRC;
    • tabagismo;
    • uso prolongado de medicamentos nefrofóxicos.

    Como se prevenir?

    A ocorrência da doença renal crônica está, diretamente, ligada à presença de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT),como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outras mencionadas anteriormente. Por isso, tratar e controlar as comorbidades é a principal forma de prevenir a DRC.

    Para isso, deve-se adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceadaprática regular de atividades físicas, cessação do tabagismo, entre outras medidas. Além do mais, é preciso ir ao médico periodicamente e realizar os exames necessários, de rotina e acompanhamento.

    Quais são os sintomas da DRC?

    Os sintomas da doença renal crônica aparecem lentamente e ficam mais intensos conforme as impurezas não filtradas pelos rins começam a se acumular no sangue. Entre eles, pode-se citar:

    • noctúria (necessidade de urinar várias vezes durante a noite);
    • cansaço;
    • inchaço e/ou sensação de peso nas pernas;
    • perda do apetite acompanhada de náuseas, vômitos e/ou gosto ruim na boca;
    • palidez, tontura e/ou palpitações;
    • espasmos, dores musculares e/ou cãibra;
    • formigamento ou, até mesmo, perda da sensibilidade nos membros;
    • pressão alta;
    • falta de ar;
    • confusão mental.

    Note que essas manifestações são comuns a muitas enfermidades. Por isso, apenas um nefrologista pode confirmar o diagnóstico.

    Como é feito o diagnóstico?

    diagnóstico da doença renal crônica exige uma anamnese aprofundada, análise dos hábitos urinários, sintomas e exames para aferição das funções renais. Assim, a investigação do quadro se baseia em dois exames simples: a urina tipo I e a dosagem de creatinina sérica.

    No primeiro, observa-se a presença de proteínas, albumina e/ou sangue na urina, indícios importantes de problemas renais. No segundo, avalia-se a taxa de filtração sanguínea promovida pelos rins.

    Por vezes, também podem ser necessários testes complementares. Isso inclui exames de imagem (como ultrassonografia, tomografia computadorizada, endoscopia, entre outros) e/ou biópsia renal.

    Dessa forma, considera-se como portador de DRC toda pessoa que apresente taxa de filtração glomerular (TFG) menor do que 60 ml/min/1,73 m² por, pelo menos, três meses consecutivos.

    Como é o tratamento da DRC?

    tratamento da doença renal crônica pode incluir mudanças na dieta, uso de medicação e, dependendo do grau de cada condição, terapia renal substitutiva. Em pacientes com TFG maior do que 20 mL/min/1,73 m², a terapêutica é conservadora e consiste em:

    • reduzir a ingestão de proteína, sódio e fósforo;
    • suplementar o cálcio;
    • ingerir potássio equilibradamente;
    • tratar e controlar as comorbidades associadas.

    Já no caso de TGF menor do que 20 mL/min/1,73 m², recomenda-se:

    Para concluir, lembre-se que a doença renal crônica pode passar anos silenciosa e que, sem os devidos cuidados, o quadro se agrava. Por isso, se apresentar sintomas suspeitos, histórico familiar para a doença, diagnóstico de comorbidades associadas ou mesmo de alterações nos rins, consulte um nefrologista.

    Caso tenha alguma dúvida a respeito, entre em contato. A equipe da Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial, localizada em Florianópolis (SC),está à disposição!

    A Clinirim – Clínica do Rim e Hipertensão Arterial é uma instituição de saúde localizada em Florianópolis (SC) que tem como principal objetivo oferecer bem-estar e qualidade de vida para pacientes portadores de doenças renais crônicas.